Há 25 anos o brasil perdia seu herói das pistas Ayrton Senna.
Ninguém saberá ao certo por quais sacrifícios passou em sua trajetória vitoriosa. Não o tenho como santo, mas sua figura me inspira uma profunda admiração, pela enorme capacidade que tinha de foco e auto superação…
Quantas vezes ele não se perguntou se poderia ir mais além? Arriscar-se mais? Fazer o que ninguém faria? E fazia, e arriscava-se, e ia além… Senna tinha fé.
Toda vez que pedia tração no ronco de potentes motores, sempre que pisava no freio para contornar curvas traiçoeiras, ao tentar antecipar as ações e reações de seus adversários, Senna crescia… e toda vez que entrava ou saia de modernos cockpits, em toda corrida que completava, a cada ano que passava ele crescia… e crescia…
Era uma figura simples. Tinha dinheiro, amigos, amores… Deve ter pensado diversas vezes se o certo seria abandonar aquela vida estranha, de velocidades mortais, de competição acirrada, de celebridade, de glamour. Com o tempo, penso que aprendeu a conviver com sua sina, com sua guerra, com seu tamanho.
Um dia descobriu que era da sua natureza ser alguém raro naquele meio hostil, e conquistou o misterioso riso da foto, quase apagado, como quem aceita em paz a difícil missão que a vida lhe concedeu. Em troca viveria momentos únicos como um herói brasileiro representando nosso povo nos pódios do mundo.
Já dizia o poeta: “Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure.” Durou o suficiente para encher sua figura de respeito e torná-lo imortal.
Viva Senna! Viva os grandes brasileiros!
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