Alma carioca em sublimes delírios poéticos

22-12-2016   
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Quem ama a cidade do Rio de Janeiro com suas maravilhas e contradições passou no teste. Toda a beleza natural e o modo de vida dali são poderosíssimos, e quem sente essa energia rasgar os sentidos é levado instintivamente a criar empatia imediata ou repulsa amedrontada pela atmosfera carioca. Cada brasileiro foi ou será testado nesse fenômeno estranho, mas evidente.

E foi nessa incrível tensão, nessa concentração poderosa de fatores destoantes, que foi gerada a genialidade artística de Aldir Blanc. As percepções, os versos e o simbolismo da sua obra, marcam em pedra o seu nome na língua portuguesa. Um mestre que absorve e exalta densas e tênues emoções ocultas no cotidiano aparentemente pacato de personagens que, de tão identificados com emoções ocultas nossas, quando as revelam nos desconsertam, como  nos deixando de joelhos.

Com a nobreza das letras nuas, e a acidez da alma boêmia, se aninhou no particular bairro da Tijuca, que abriga sua escola do coração, o Salgueiro. Esse bravo vascaíno, tem a admiração de todos e o respeito dos grandes nomes das estrelas da música brasileira. Como prova, é desconhecido do público em geral e está em outro patamar que toda o lixo musical que toca em rádio. 

Posto no Altar da Música Brasileira, orgulhando artistas fãs e críticos que contemplam a sua obra, segue ativo derramando sutilmente de quando em quando poesias e evocações da alma cancioneira de artista dos mais nobres que já tivemos.

Como fã e investidor da cultura, preparei uma homenagem nesse ano em que Aldir completa 70 anos. Lá seus fãs podem apreciar uma seleção de textos, imagens e vídeos do mestre, além de fazer seu depoimento chegar até o mestre.

Acesse e deixe sua mensagem: www.aldirblanc.com.br

* O Globo homenageou bem o letrista com a esplendorosa expressão “Mestre-sala das Letras”
http://oglobo.globo.com/cultura/musica/os-70-anos-de-aldir-blanc-mestre-sala-das-letras-20006527

* José Ramos Tinhorão, o mais temido crítico de música na sua sinceridade ácida mostra em grande estilo todo o poder do poeta nessa crítica do album galo de briga de 1974
http://sodoiquandoeurio.blogspot.com.br/2008/09/tiro-de-misericrdia-mata-joo-bosco-pois.html

 

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